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terça-feira, 5 de junho de 2012

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Corrida a Favor do Tempo



Maria TeresinhaA vida de Maria Teresinha Franco deu uma reviravolta quando, há 11 anos, ela descobriu que tinha câncer. “O médico me deu 1% de chance cura. E foi assim que eu nasci de novo”, lembra. Naquela época, Maria teve tumor no esôfago e foi obrigada a tirar o órgão completamente. “ Fiz oito cirurgias e tive uma parada cardíaca.  Me chamavam de Teresinha da dor”, conta. “Hoje, porém, é a rotina atlética levada por essa mulher de 60 anos que chama a atenção das pessoas. Depois dos problemas de saúde, Maria começou a correr e já acumula 202 medalhas. “Ficar parada, jamais. Antes, eu só trabalhava, era funcionária pública e levantava ás 5h. Meu serviço era muito braçal. A corrida restaurou a minha força muscular”.Comenta.
Maria faz parte do grupo de Corrida de Rua Especial do Distrito Federal, que auxilia pessoas com restrições física ou mental a realizar atividades físicas. Os benefícios que ela colheu depois de entrar no grupo são incontáveis. Mas Maria faz questão de destacar alguns: “A corrida ajudou minha saúde, a qualidade e a expectativa de vida. Quando comecei, tomava 20 e tantos comprimidos. Hoje, tomo menos que a metade”
Histórias de superação e de aumento de qualidade de vida como as de Maria têm explicação científica. De acordo com estudo de Copenhagen City Heart, apresentado no encontro anual Euro-Prevente2012, no mês passado, correr de uma a duas horas e meia por semana em uma velocidade baixa ou moderada acarreta benefícios para a longevidade. A pesquisa, ainda não publicada, destaca que a prática aumenta a expectativa de homens em 6,2 anos e de mulheres em 5,6 anos.
Os investigadores, liderados pelo cardiologista Peter Schnohr, avaliaram a associação da longevidade ás diferentes formas de exercícios. Eles acompanharam aproximadamente 20 mil pessoas com idade entre 20 a 93 anos. Todos os participantes foram obrigados a responder questões sobre o  tempo que disponibilizavam para correr semanalmente e sobre qual velocidade da prática (baixa, moderada ou rápida).
A primeira análise foi coletada entre os anos de 976 e 1978, a segunda de 1981 a 1983, a terceira de 1991 a 1994 e a quarta de 2001 a 2003. Em um período de acompanhamento de 35 anos, foram registradas 10.158 mortes de não corredores e apenas 122 de praticantes de corrida. A análise mostrou que o risco de morte era reduzido em 44% entre homens e mulheres corredores. A intensidade do exercício físico também interfere nos anos de vida, de acordo com o estudo. Os investigadores descobriram que uma a duas horas e meia de corrida por semana, divididas em dias 
ou três sessões, são benéficas  especialmente quando feitas em uma velocidade média ou baixa.
Boa Alimentação também influencia
Uma pesquisa publicada na última edição do periódico científico Journal of the American Geriatrics Society apresentou mais evidências de que comer frutas e vegetais e se manter ativo  tem forte impacto na expectativa de vida das mulheres. Para chegar à conclusão, eles estudaram os efeitos de uma dieta leve e de exercícios  físicos associados á mortalidade.
Depois de acompanhar durante cinco anos um grupo de 713 mulheres com idade entre 70 e 79 anos, os pesquisadores descobriram qu
e as participantes com níveis altos de carotenóides no sangue -  sinal de que elas consumiam frutas e vegetais – tinham menos riscos de morte que as mulheres que eram apenas ativas fisicamente. Emily Nicklett, principal autora do estudo, sugere algumas hipóteses para o resultado. “Os exercícios associados ao hábito de comer bem podem deixar o sistema imunológico mais saudável. Pode ser também que a socialização, no caso dos exercícios feitos em grupo, estimule a longevidade. Ou até mesmo as duas coisas.”

Fonte: Correio Braziliense
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